Taylor Swift foi recebida no Brasil nesta quinta-feira por uma projeção que fez com que a mundialmente famosa estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, parecesse estar vestida com uma camiseta semelhante à que ela usou em “You Belong to Me”. videoclipe e foi decorado com símbolos de suas músicas.

Mas a tragédia e os problemas seguiram-se a essa recepção calorosa.

Um fã morreu no calor sufocante do show de sexta à noite no Rio de Janeiro. Às 11 horas, Swift adiou seu show de sábado para segunda-feira, para desespero de milhares de torcedores que já haviam começado a lotar o estádio. A Polícia Militar disse que um fã que estava no Rio de Janeiro para o show regular de domingo foi morto a facadas naquela manhã.

A fatalidade e outros problemas foram um afastamento da triunfante primeira etapa da Eras Tour de Swift, uma produção que abrangeu toda a carreira e quebrou recordes na América do Norte. À medida que o segundo show da turnê no Rio de Janeiro se aproximava, na noite de domingo, os fãs lutavam com planos de viagem arruinados, calor extremo e decepção.

Anne Di Motta, 30 anos, psicóloga de São Paulo, Brasil, deveria comparecer ao show de sábado à noite e disse que voltaria para casa antes do show remarcado para segunda-feira porque precisava trabalhar.

“Passei os últimos 17 anos esperando a oportunidade de ir, de realizar meu sonho adolescente de conhecer alguém que conheço desde seu primeiro single”, disse Di Motta. “E ficar três horas sentado em uma cadeira, completamente molhado de suor, tendo que superar vários desafios pessoais para estar ali completamente sozinho, para receber a notícia de que foi cancelado – foi completamente devastador.”

O show de sábado à noite foi adiado por causa das temperaturas extremas, disse Swift em uma postagem no Instagram horas antes do início do show em um estádio de futebol ao ar livre. “A segurança e o bem-estar dos meus fãs, colegas artistas e equipe técnica devem e sempre estarão em primeiro lugar”, disse ela.

Naquele momento, milhares de fãs viajaram para ver Swift, enfrentando o pico do calor do dia, que atingiu 93 graus Fahrenheit, ou 33 graus Celsius, antes de serem convidados a deixar o local.

Um representante da Sra. Swift não respondeu imediatamente às perguntas enviadas por e-mail sobre o adiamento do show de sábado.

Os shows no Rio aconteceram depois que ela se apresentou na Argentina, primeira parada de sua turnê fora da América do Norte. Ela está programada para se apresentar em São Paulo nos dias 24, 25 e 26 de novembro, antes de viajar no próximo ano para cidades da América do Sul, Ásia, Austrália e Europa.

Julia Alvarenga, uma influenciadora de mídia social, foi no estádio quando o show foi adiado e dito em vídeo amplamente compartilhado on-line que ela havia chegado para o show às 11h. “Taylor Swift, estou usando uma fralda geriátrica que nem fecha em mim”, disse Alvarenga.

“Comprei água, comprei ventilador, todo mundo está chorando, gritando, então você aparece nesse palco!” Disse dona Alvarenga.

Gabriela Werner, 24 anos, analista de marketing, esperava na fila da noite de domingo

Quando a multidão deixou o estádio, houve relatos de agitação perto do local, disse a polícia.

Depois que Matheus Duarte, 24 anos, funcionário de um armazém, saiu do estádio e foi até um shopping próximo, viu gente gritando que havia uma batida policial.

“Não sei realmente se isso realmente aconteceu, mas vi pessoas desesperadas correndo”, disse Duarte. “E assim que vi, comecei a correr e me escondi em um estacionamento.”

No domingo, a Polícia Militar disse que não houve relatos de roubos ou assaltos na noite anterior. Mas antes do show de domingo, um fã do show no Rio de Janeiro foi morto a facadas após uma tentativa de assalto em Copacabana, a famosa faixa à beira-mar, disse a Polícia Militar. Dois homens foram presos, disseram. O homem, Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, estava com amigos quando foi esfaqueado, disse a Polícia Civil.

Durante o programa de sexta-feira, Ana Clara Benevides, 23 anos, morreu após perder a consciência, disseram autoridades. Ela foi declarada morta por parada cardíaca após ser levada a um hospital, de acordo com autoridades municipais e a empresa brasileira que organizou o show de Swift, Time for Fun.

A senhora Benevides, estudante de psicologia, viajou de Rondonópolis, que fica a cerca de 1.400 quilômetros a noroeste do Rio de Janeiro, para o concerto, O Globo noticiou. Sua amiga Emiliane Félix, 22 anos, disse ao O Globo que Dona Benevides vinha enviando para as amigas fotos de seus looks para o show “há mais de um mês”.

No X, plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, a Sra. Benevides compartilhou seu entusiasmo com o show, escrevendo no 7 de novembro, “Não sei qual será meu propósito na vida depois de ver Taylor.”

Os fãs presentes no show de sexta-feira reclamaram da falta de água e do calor extremo. O índice de calor, uma medida de quão quente o ar está devido à umidade, atingiu 139 graus Fahrenheit, um recorde para o Rio.

Em uma postagem online, Swift disse que ficou “arrasada” com a morte de seu fã. “Não poderei falar sobre isso no palco porque me sinto dominada pela tristeza quando tento falar sobre isso”, disse ela.

Luiza Guimarães, 33, economista, disse que ficou desapontada com a demora para o show de sábado ser cancelado porque alguns fãs já não tinham certeza se ele continuaria após a morte de Benevides e estavam preocupados com o calor. “Realmente, a produção do programa foi muito imprudente e tudo foi muito mal administrado”, disse ela.

Guimarães disse que não culpa Swift pelos problemas e que acha que o músico deve estar “muito, muito desanimado”.

Jack Nicolas contribuiu com reportagens de Buenos Aires.



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